Saúde, bem-estar, liderança positiva e humanizada; ambiente e rotina saudáveis; felicidade corporativa, prevenção ao burnout, segurança psicossocial… são termos que têm ganhado cada vez mais destaque no universo corporativo e as empresas têm investido fortemente na implementação e melhoria dessas questões. No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pelas empresas Vittude e Opinion Box, para 70% dos brasileiros, as empresas ainda não sabem lidar com o bem-estar e saúde mental dos colaboradores. Sabe por quê?
Para promover uma cultura organizacional realmente positiva e saudável, não basta oferecer serviços terapêuticos, gympass, salas de descanso e lazer; modelos de trabalho flexíveis, entre outras coisas, se a base da estrutura organizacional continuar obsoleta. É necessária uma reforma nessa base para que essas medidas incrementais tenham eficácia duradoura.
Você já comprou alguma coisa que pensou que ia ser útil e fazer uma boa diferença em algum aspecto da sua vida, mas, no final das contas, não serviu para nada e/ou só te atrapalhou, caso tenha chegado a usar? Intencionalmente ou não, é isso que mais tem acontecido no meio corporativo. Muitas empresas estão investindo em diversos recursos para promover um aumento na satisfação, saúde e bem-estar dos colaboradores, mas as medidas não estão sendo tão eficientes quanto poderiam ou estão causando o efeito contrário ao esperado, quando usufruídas. Não dá para negar que alguns recursos estão sendo disponibilizados para uso, mas o efeito positivo na vida do colaborador tem sido praticamente insignificante.
De quê adianta disponibilizar, por exemplo, sala de lazer e descanso se o colaborador não consegue usufruir efetivamente do lugar, por saber que se for e ficar ali por 5 minutos, ao voltar para a mesa de trabalho, a pilha de tarefas que já estava enorme, estará muito maior ao chegar?!
Como costumo dizer aos meus amigos e clientes: se apresentações, pufes e piscina de bolinhas fossem suficientes para tornar os colaboradores mais felizes, produtivos, realizados e saudáveis, o sonho de todo mundo seria trabalhar em Buffet infantil e não é o caso, é? (hahaha)
Para que os recursos implementados pelas empresas visando melhorar a saúde e bem-estar dos colaboradores sejam eficientes, uma das coisas mais importantes a serem feitas é a implantação de uma liderança, rotina, ambiente e cultura organizacionais realmente positivos, baseando-se, por exemplo, no reconhecimento, valorização e incentivo ao uso dos pontos fortes (forças de Caráter) dos colaboradores, não na “correção” de fraquezas (“GAPs”) dos mesmos, como vem acontecendo há décadas.
Apesar de sermos culturalmente educados a focar na correção de falhas, defeitos e fraquezas, para nos tornarmos “bem-sucedidos”, “reconhecidos” e “valorizados”, diversos estudos na área da Psicologia Positiva, como os conduzidos por Martin Seligman e Christopher Peterson, mostram que essas medidas estão longe de gerar tão bons resultados quanto é possível ao focarmos nossa energia no uso consciente e ideal daquilo que temos de melhor dentro de nós: nossas forças de caráter.
Segundo alguns desses estudos, os colaboradores que reconhecem e utilizam suas forças de caráter de forma consciente e ideal, têm 6 vezes mais chances de se engajarem com o trabalho e apresentam uma significativa melhoria na satisfação, felicidade, bem-estar e relações com os colegas de trabalho. Além disso, as organizações que incentivam e propiciam a identificação, desenvolvimento e uso das principais forças de caráter de seus membros, chegam a ter as vendas e lucros aumentados em até 19% e 29%, respectivamente; e incidentes de segurança e rotatividade (nas que tem histórico de alta rotatividade) reduzidos em até 59% e 72%, respectivamente.
Sendo assim, ao investir numa cultura focada nas forças e não nos “gaps” dos colaboradores, a empresa consegue promover uma melhoria não apenas no bem-estar, felicidade, saúde (emocional e mental), satisfação e sensação de reconhecimento e valorização; como um significativo aumento no engajamento, desempenho, colaboração e realização dos colaboradores. Isso de uma forma eficiente, leve e saudável para todos.
Aqui no Brasil, ainda são poucas as empresas que sabem do poder das forças de caráter (menos ainda as que fazem uso desse poder), por ser algo relativamente “novo” e que tem crescido lentamente no nosso país, mas se depender de mim, cada vez mais empresas saberão e com a minha ajuda, implementarão essas mudanças positivas de forma rápida, assertiva e segura.
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Sobre o autor:
Patrick V. Faria é mestre em Psicologia Positiva aplicada ao Desenvolvimento Humano e Organizacional; e especialista em Fundamentos da Psicologia Positiva pela University of Pennsylvania. Também é o fundador, CEO e assistente de atendimento ao cliente da Perflowence — Desenvolvimento Humano Saudável.