O ambiente corporativo contemporâneo exige um olhar apurado para a saúde mental e emocional dos colaboradores. Com a recente atualização da NR-01 (Ministério do Trabalho e Emprego, 2024) — que incorporou os riscos psicossociais (psicológicos e sociais) à agenda obrigatória das empresas — surge a oportunidade de repensar as práticas de gestão, tornando o local de trabalho mais mentalmente saudável e humanizado.
A revisão da NR-01 trouxe a segurança socioemocional (social e emocional/mental) como um novo pilar para a segurança no trabalho que, até então, se preocupava somente com a segurança física dos colaboradores. Essa abordagem ampliada exige das organizações a identificação, avaliação e mitigação dos riscos psicossociais — como estresse, assédios e sobrecarga emocional —, que podem comprometer não somente a saúde dos trabalhadores, mas também a produtividade e a imagem da empresa. [1]
A gestão integrada dos riscos requer a implementação de medidas corretivas e preventivas eficientes e personalizadas, que considerem a cultura, clima, rotina, ambiente e gestão organizacional. Algumas das possíveis ações que podem ser adotadas, são:
Mapeamento de riscos psicossociais: utilizando instrumentos de avaliação anônima (como o formulário do programa exclusivo da Perflowence chamado: PersonaliBem Pro+), para identificar, com precisão, potenciais fontes de riscos à saúde mental dos colaboradores.
Capacitação e treinamento contínuo: Desenvolvimento de programas de formação para líderes positivos, com foco na promoção de ambientes verdadeiramente colaborativos, humanizados e saudáveis.
Investir em segurança socioemocional reflete-se em múltiplos ganhos, como:
Redução de afastamentos e turnover: Colaboradores com equilíbrio emocional tendem a se engajar mais e a faltar menos.
Aumento da produtividade: Ambientes saudáveis promovem maior criatividade, inovação e comprometimento com as metas da empresa.
Melhoria na reputação corporativa: Empresas que cuidam verdadeiramente da saúde mental de seus colaboradores ganham credibilidade e atraem talentos.
Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçam que a prevenção do estresse e da ansiedade pode reduzir significativamente os custos com licenças médicas e processos trabalhistas, promovendo um ambiente de trabalho mais sustentável. [2]
A implementação das novas diretrizes da NR-01 demanda um esforço conjunto de todos os colaboradores da empresa e de consultorias especializadas para, por exemplo:
Revisar políticas internas: Adaptar e modernizar as práticas de gestão para incluir o monitoramento dos riscos psicossociais.
Ações corretivas: Adotar, imediatamente, medidas eficientes para amenizar os potenciais riscos psicossociais identificados.
Fomentar a cultura do diálogo: Criar canais seguros de comunicação que permitam aos colaboradores expressar preocupações sem receios de retaliação.
A transição para uma gestão que valorize a segurança socioemocional não é somente um requisito legal, mas um investimento estratégico para a longevidade e resiliência organizacional. [3]
O ambiente de trabalho precisa garantir segurança tanto ao corpo quanto à mente de todos os colaboradores. Ao atuar nos níveis “Eu, Nós e Empresa”, é possível construir um espaço seguro onde cada colaborador se sinta valorizado e capaz de enfrentar os desafios com resiliência. Investir nessa dimensão não só cumpre um papel preventivo, mas também contribui para uma cultura organizacional mais humana e produtiva. Além disso, com a atualização da NR-01, garantir a segurança socioemocional dos colaboradores passará, a partir de maio de 2025, a ser uma obrigação para todas as empresas.
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Sobre o autor:
Patrick V. Faria é mestre em Psicologia Positiva aplicada ao Desenvolvimento Humano e Organizacional; e especialista em Fundamentos da Psicologia Positiva pela University of Pennsylvania. Também é o fundador, CEO e assistente de atendimento ao cliente da Perflowence — Desenvolvimento Humano Saudável.